Cana-de-açúcar gera crescimento de empregos no agronegócio de Minas Gerais

Expansão da produção de cana-de-açúcar impulsiona economia em Minas Gerais

Cana-de-açúcar gera crescimento de empregos no agronegócio de Minas Gerais

Em Minas Gerais, no ano de 2023, houve um aumento significativo na geração de empregos no cultivo de cana-de-açúcar, com uma elevação de 20% em comparação com o ano anterior, resultando na criação de 540 novos postos de trabalho com carteira assinada. Esse crescimento está diretamente relacionado à previsão de uma safra recorde no estado, com uma estimativa de produção superior a 80 milhões de toneladas. Com esse aumento na produtividade, Minas Gerais passou da terceira para a segunda posição entre os maiores produtores brasileiros, ultrapassando Goiás.

As informações sobre a geração de empregos no setor de cana-de-açúcar são provenientes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Já a estimativa de produção faz parte do 3º levantamento da safra 2023/2024 realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O balanço final da safra será publicado em abril, e é provável que confirme o melhor desempenho da série histórica iniciada em 2005/2006.

A expansão do setor teve início em outubro de 2022, no município de Tupaciguara, com um investimento inicial de R$ 30 milhões feito pela ZEG Biogás. A capacidade produtiva inicial será de 4 milhões de metros cúbicos de biometano por ano, com potencial para chegar a 16 milhões de metros cúbicos anuais, mediante um investimento total estimado em R$ 120 milhões. Esse biocombustível irá substituir o diesel na frota agrícola da Usina de Aroeira, contribuindo para a redução da emissão de carbono, com previsão de início da comercialização em abril.

Em setembro do ano anterior, o Governo de Minas e a Siamig anunciaram um dos maiores conjuntos de investimentos na história do setor de biocombustíveis e açúcar, totalizando R$ 11,3 bilhões. Esses investimentos terão um impacto significativo na geração de cerca de 1,6 mil empregos diretos, especialmente na região do Triângulo Mineiro. As melhorias projetadas incluem a construção de um terminal rodoferroviário, renovação do canavial, modernização da irrigação, automação, produção de bioenergia, além de revitalização e expansão das plantas industriais.

Doze empresas do setor participarão dos investimentos, abrangendo diversas etapas produtivas, desde o plantio e colheita da cana até a produção de energia renovável. Uma das principais vantagens dessas iniciativas é a descarbonização da economia, por meio de uma transição ambientalmente sustentável.