Segundo a pesquisa realizada pela Epagri no meio rural de Santa Catarina, as chuvas de outubro resultaram em grandes perdas na agricultura, especialmente nas lavouras temporárias como fumo, trigo e cebola, seguidas pelas lavouras permanentes e benfeitorias. Das 160 cidades catarinenses que declararam situação de emergência, 155 áreas rurais foram mapeadas, com prejuízos em 46.941 propriedades.

As regiões mais afetadas foram o Alto Vale de Itajaí, Planalto Norte e Planalto Sul. O levantamento identificou danos em animais, máquinas, equipamentos, hortaliças, estoque, leite, pastagem e pomar, fundamentais para a criação de políticas públicas de apoio aos agricultores.

O presidente da Epagri, Dirceu Leite, ressalta que o levantamento ainda está em andamento devido à continuidade das chuvas em algumas regiões e ao isolamento de algumas localidades. Prejuízos como doenças nas plantas, perda de produtividade e de peixes de cultivo ainda não puderam ser totalmente avaliados.

O levantamento das perdas na agricultura catarinense, decorrentes das chuvas de outubro, foi conduzido em nível municipal pela Epagri, em parceria com diversas entidades, visando medidas de recuperação e suporte aos produtores rurais.

Em relação aos grãos, as chuvas intensas comprometeram áreas já semeadas, causando perdas de solo e nutrientes, afetando o desenvolvimento das culturas. O mesmo ocorreu na fruticultura, por conta da falta de insolação, ventos fortes e granizo, afetando a qualidade das frutas.

Na pecuária, a produção de leite foi impactada devido às chuvas intensas, resultando em quedas significativas na produtividade. O mesmo se deu na piscicultura, com alagamentos e danos estruturais.

Santa Catarina, que conta com grande número de produtores nessas áreas, busca alternativas para minimizar as perdas e recuperar a produção afetada pelas condições climáticas adversas.