Reserva hídrica de Venâncio Aires se mantém estável apesar da falta de chuvas

Estiagem impacta lavouras de milho na Capital Nacional do Chimarrão em janeiro de 2022

Reserva hídrica de Venâncio Aires se mantém estável apesar da falta de chuvas

A escassez de chuva já começa a preocupar os agricultores de Venâncio Aires. Após temporais nos primeiros cinco dias de dezembro, as chuvas foram intermitentes, como ocorreu na manhã de quarta-feira, 28.

Os produtores da Capital do Chimarrão já estão alertas para os possíveis impactos na produção, embora a situação ainda não seja considerada crítica. O engenheiro agrônomo e chefe do escritório local da Emater/RS-Ascar, Vicente Fin, afirma: “Em Venâncio, a falta de chuva ainda não é um problema”.

Mesmo com chuvas que vieram acompanhadas de granizo - afetando as plantações de tabaco -, elas são motivo de celebração, considerando que em outros municípios a situação já é mais grave. "Agora, é preciso fazer uma avaliação. Se as chuvas não ocorrerem com mais frequência, diversas culturas serão prejudicadas", destaca Fin.

De acordo com ele, algumas culturas, como o milho, estão entrando na fase de crescimento e necessitam de cerca de 6 a 7 milímetros de água por dia, totalizando 70 mm a cada 10 dias. “Sem chuva, as culturas mais jovens começarão a sofrer perdas”, salienta Fin.

Em algumas áreas do município, como nos limites com General Câmara, a estiagem já está causando problemas devido à falta de precipitação suficiente em dezembro. Embora em Linha Canto do Cedro o volume de água não tenha sido adequado, tem amenizado a situação de forma paliativa, conforme observado por Fin.

No caso do tabaco, as perdas devido à estiagem foram mínimas, em contrapartida, os danos maiores foram causados pelo granizo. O milho foi afetado em outubro, durante a fase de florescimento e formação de grãos, e as árvores frutíferas e hortaliças, em áreas não irrigadas, também sofreram impactos.