A análise do perfil lipídico de sementes de Urochloa spp durante o armazenamento em dois diferentes locais realizado na tese "Germinação, dormência, composição lipídica e alterações bioquímicas de sementes de Urochloa spp durante o armazenamento em duas condições", é inovadora por não ter sido publicada cientificamente e inclui o acompanhamento no início e no final do período de armazenamento dos sete principais cultivares da espécie conhecida como braquiária. Resultados contribuem para empresas que vendem sementes, auxiliando nas decisões sobre a gestão de lotes e na determinação do tempo de armazenamento.

A pesquisa foi conduzida por Giovana Ferraresi Guimarães, graduada em Tecnologia em Biotecnologia pela Universidade Federal do Paraná, sob orientação da professora Dra. Ceci Castilho Custódio e coorientação do Dr. Alessandro de Lucca Braccini, em colaboração com a Unoeste e a Universidade Estadual de Maringá (UEM), com a ajuda do Dr. Nelson Barbosa Machado Neto, da Unoeste. A qualidade do estudo resultou em uma bolsa do CNPq.

A orientadora explica que as sementes de Urochloa spp são usadas para pastagens e culturas como milho e soja em plantio direto, ressaltando a importância do comportamento dessas sementes durante o armazenamento. Foram analisados os sete principais cultivares de Urochloa spp, monitorando seu comportamento fisiológico, alterações bioquímicas e perfil lipídico ao longo de dois anos de armazenamento, em condições controladas.

Os resultados apontaram que as sementes conseguiram ser preservadas por 24 meses em ambas as condições de armazenamento, com atividade metabólica superior nas sementes mais úmidas. Houve acumulação de peróxido de hidrogênio, associado à perda de dormência e à deterioração das sementes, principalmente no final do armazenamento. O estudo sugere o uso do peróxido de hidrogênio como indicador da qualidade das sementes de pastagens durante o armazenamento, auxiliando na gestão dos lotes pelas empresas.