Os canaviais no interior de São Paulo têm enfrentado grandes desafios devido ao estresse climático. As altas temperaturas, que persistem até durante a noite, e a escassez de chuva estão impactando negativamente na produtividade agroindustrial. Esse déficit de chuvas, especialmente durante o verão, de novembro a março, coincide com o período crítico de desenvolvimento máximo da planta e acúmulo de massa verde.

Como resultado, a planta sofre com a redução de massa, a queda na qualidade da matéria-prima e a possível diminuição na longevidade dos canaviais, o que acaba limitando o número de cortes viáveis. Maurício Oliveira, gerente de marketing regional da FMC, ressaltou esses desafios.

Nessas circunstâncias de estresse hídrico, é fundamental adotar tecnologias que minimizem os impactos das condições climáticas. O Crop Evo, da FMC, por exemplo, atua de forma eficaz ao preparar a planta para enfrentar o estresse no outono/inverno e estimular o crescimento quando as chuvas retornarem na primavera/verão. Essa solução é sustentável e inovadora, atuando a nível celular para proporcionar mais eficácia em comparação com produtos que apenas criam barreiras físicas.

O uso de biopotencializadores é outra estratégia para estimular a absorção de nutrientes e proteger as culturas contra os efeitos adversos causados por condições climáticas extremas, como altas temperaturas, geadas e falta de chuva. Mesmo diante de temperaturas elevadas, uma planta bem protegida e nutrida pode realizar uma fotossíntese mais eficiente, resultando em maior produtividade a cada safra.

No entanto, é preciso ter em mente que as previsões apontam para o retorno do fenômeno La Niña a partir do segundo semestre de 2024, o que pode acarretar em secas intensas e temperaturas baixas prolongadas na região Centro-Sul, afetando severamente os canaviais com escassez de água e condições mais frias.