Preocupação dos produtores com aumento de carrapatos e problemas no leite

A situação da saúde dos bovinos de leite em Caxias do Sul está controlada

Preocupação dos produtores com aumento de carrapatos e problemas no leite

O desafio dos produtores leiteiros na região administrativa da Emater/RS-Ascar é a transição de estações, que tem levado a uma redução na qualidade das forragens, exigindo adaptações nas dietas e medidas preventivas para manter a produtividade e a qualidade do leite. De acordo com o relatório do Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, as variações climáticas têm afetado a saúde dos rebanhos, aumentando a infestação por carrapatos e resultando em problemas como leite instável não ácido (LINA) e questões relacionadas à crioscopia.

Em Bagé, Candiota e Hulha Negra, a queda na produção de leite é atribuída à escassez de forragem verde devido ao término do ciclo das pastagens e aos efeitos da estiagem recente. Em Manoel Viana, alguns produtores lidam com casos de leite ácido, resultando na rejeição do produto pelas empresas coletoras.

Já em Caxias do Sul, as medidas de controle de ectoparasitas mantêm a saúde dos bovinos de leite sob controle. Por outro lado, em Erechim, as temperaturas extremas têm causado desconforto nos animais, resultando em uma leve queda na produtividade.

Em Frederico Westphalen, o planejamento forrageiro é incentivado, com ênfase no cultivo de cereais de inverno para silagem, visando redução de custos e garantia de reserva alimentar para o rebanho. Em Ijuí, a produção se mantém estável, com uma leve recuperação nos preços pagos aos produtores.

Apesar da preocupação com a alta infestação por carrapatos em Porto Alegre, os rebanhos mantêm boa condição corporal e nutricional. Em contrapartida, em Santa Maria, apesar da boa condição sanitária e produtiva do rebanho leiteiro, Júlio de Castilhos enfrenta estresse térmico nas vacas leiteiras, o que pode afetar a produtividade e qualidade do leite.

Na região de Santa Rosa, há preocupações com indicadores de qualidade do leite, como focos de mastite e altas contagens de células somáticas, apesar da maioria dos produtores estarem entregando leite dentro dos padrões exigidos pela legislação. Em Soledade, os produtores enfrentam preços significativamente mais altos na semeadura de espécies forrageiras de inverno em comparação ao ano anterior, iniciando o planejamento.

Segundo levantamento de preços da Emater/RS-Ascar, o preço médio mensal do litro do leite no Estado teve um aumento de 5,34% em relação ao mês anterior, atingindo R$ 2,17. A variação nos preços recebidos pelos produtores é impactada pelo volume comercializado e por bonificações relacionadas à quantidade e qualidade do leite, seguindo as normas estabelecidas.