No dia 15 de abril, Dia Nacional da Conservação do Solo, o professor-doutor Jorge Antônio de Farias, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), desmistificou ideias equivocadas sobre a produção de eucalipto. Segundo ele, a produção florestal não prejudica o meio ambiente e pode representar uma fonte adicional de renda para as pequenas propriedades rurais.

Não é verdade que o eucalipto esgota o solo ou consome toda a água, como muitos afirmam. Na realidade, o eucalipto é uma espécie de crescimento rápido que precisa se alimentar e se hidratar de acordo com sua velocidade de desenvolvimento. Ele absorve água do solo, preenchendo os espaços entre as partículas, e para de crescer em períodos de seca, como outras plantas.

Além disso, a ideia de que o eucalipto impede o crescimento de outras plantas, juntamente com espécies como pinus e acácia, não tem fundamento. O problema está mais relacionado ao fato de que, em monocultivos, pouca luz chega ao solo devido à proximidade e quantidade de árvores, o que dificulta a germinação de novas plantas.

Por fim, diante da legislação que restringe o uso de produtos de florestas naturais e da demanda do mercado por produtos de crescimento rápido, como eucalipto, o plantio de florestas com essas espécies torna-se um bom investimento, especialmente para pequenos agricultores familiares, incluindo aqueles que cultivam tabaco.