A influência de uma frente fria no sul do continente será o destaque da semana, favorecendo chuvas intensas na região Centro-Oeste, parte do Sudeste e Sul do Brasil. Após o avanço do ramo de instabilidades da frente fria, uma massa de ar seco e frio, ligada a uma região de alta pressão, deve ingressar no território nacional, trazendo tempo estável e temperaturas típicas de inverno para as serras do sul do Brasil.

As precipitações volumosas são esperadas em toda a faixa norte do Brasil, com redução da influência da Zona de Convergência Intertropical, mas com chuvas persistentes em toda a região. Instabilidades surgindo no oceano devem chegar à costa da região Nordeste, favorecendo chuvas abundantes em áreas do SEALBA.

Apesar das altas probabilidades de chuva no país, regiões do centro-leste devem ter tempo mais seco, como no norte de Minas Gerais, com volumes inferiores a 10 mm ao longo da semana. A frente fria causará chuvas intensas na região, atrapalhando a colheita de soja no Rio Grande do Sul e de arroz em Santa Catarina, com previsão de chuvas importantes no sudoeste do Paraná. No entanto, no norte do Paraná, os volumes de chuva devem ser baixos, mantendo a restrição hídrica para algumas lavouras de milho safrinha.

Após as chuvas da frente fria, uma massa de ar frio e seco, ligada a uma área de alta pressão, trará tempo firme e temperaturas mais baixas, com previsão de 4°C na serra catarinense no dia 19.

Durante a semana, a frente fria deve atuar, com instabilidades concentradas no sul e litoral. Espera-se volumes abaixo de 50 mm, com tempo firme predominando em algumas áreas. Posteriormente, as instabilidades devem se concentrar no sul de São Paulo, centro-sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, principalmente entre os dias 18 e 19.

Após esse período, as instabilidades serão mais irregulares no centro-norte da região, com tempo seco prevalecendo novamente. As temperaturas devem cair, com mínimas na ordem de 10 a 14°C no sul e leste da região, se estendendo até a região central de Minas Gerais.

No oeste do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a frente fria trará chuvas significativas, com destaque para Alta Floresta (MT) com previsão de volumes acima de 120 mm. Parte dessas chuvas ao norte da região deve se intensificar no final de semana. Já no Mato Grosso do Sul, prevê-se tempo seco e maior amplitude térmica. Em Goiás, tempo seco no início da semana, com retorno das instabilidades no final.

Apesar da redução da influência da ZCIT, as instabilidades persistem no norte, provocando chuvas expressivas entre Maranhão e Rio Grande do Norte, com acumulados acima de 200 mm em alguns pontos. As ondas de leste devem favorecer chuvas volumosas no leste do Nordeste, incluindo SEALBA.

A semana promete chuvas intensas no Amapá e nordeste do Pará, devido à atuação da ZCIT, com previsão de até 240 mm em Belém, 250 mm em Mazagão (AP) e mais de 200 no Sudeste de Roraima. O calor e a umidade reforçam as condições de chuva, com trovoadas isoladas e intensas. Rondônia e norte do Tocantins também terão acumulados acima de 120 mm ao longo da semana.